Inicialmente, é preciso conhecer todo o processo em suas minúcias. Cada detalhe é importante. Digo mais: os detalhes é que diferenciam caso a caso. Os julgadores julgam fatos semelhantes todos os dias. É essencial mostrar nos seus argumentos pontos relevantes que favorecem a defesa de seu constituinte, para uma boa conversa com o julgador.
Falando um pouco sobre a logística, é ideal que se agende um horário com o servidor responsável para que o julgador não seja pego de surpresa no meio de seus afazeres. Importante também, não custa nada lembrar, é que fatores como o uso da linguagem correta e a vestimenta são essenciais no ato de despachar pessoalmente.
Outro ponto importantíssimo é saber como é o entendimento daquele/a julgador/a em casos semelhantes, pois saber como ele/ela se posiciona no caso concreto ajudará você a elencar pontos favoráveis na conversa frente a frente.
Aconselho sempre a olhar os julgados recentes daquele/a julgador/a, analisando a forma de pensar, de escrever, quais autores ele/ela usa como referência, para que se perceba de fato qual linha defensiva deve ser seguida.
Seguindo essas regras básicas sobre como despachar com juízes, ministros e desembargadores, com muita probabilidade – claro que não garantindo resultado – você terá uma boa conversa que ajudará a formar um entendimento sobre o caso concreto ou até mesmo mudar um entendimento contrário já formado.
Ressalto enfim que, além de despachar com o julgador, a realização de uma boa sustentação oral é necessária em todos os casos possíveis.
__________________________________