“Os juízes apreciariam se os advogados e seus clientes tivessem em mente que essas audiências com o Zoom são exatamente isso: audiências. Não são conversas telefônicas casuais”, iniciou Bailey, em carta que se tornou pública.
“Vimos muitos advogados em camisas e blusas casuais, sem preocupação com a aparência desleixada, em quartos com a cama principal no fundo etc.”, escreveu, antes de denunciar as “infrações” mais graves. “Um advogado apareceu sem camisa e uma advogada apareceu ainda na cama, ainda debaixo das cobertas”, revelou o juiz, que não abre mão de sua toga preta.
Dennis Bailey ainda reclamou de desordem nas audiências devido a distrações e falhas técnicas. “Muitas vezes, os advogados não estão olhando para as telas, mas para os arquivos e anotações ou simplesmente pela janela e não conseguem ver que o juiz está gritando ‘Pare! Pare!’ porque uma objeção foi feita e o áudio permanece com a testemunha, em vez de obedecer ao juiz ”, reclamou.
O tribunal onde ele trabalha, no condado de Broward, está fechado para audiências presenciais desde 16 de março.
No Brasil, viralizou um caso semelhante, mas aparentemente acidental. O desembargador Carmo Antônio, do Tribunal de Justiça do Amapá, apareceu em uma sessão em vídeo sem camisa. Ele, no entanto, foi imediatamente se vestir ao perceber que já estava sendo filmado.